quinta-feira, 26 de agosto de 2010

#com104 : Resenha da aula do dia 24 de agosto de 2010.

A aula, ministrada pelo doutorando em comunicação Fernando Firmino da Silva, teve como tema Jornalismo em mobilidade, com foco nas tecnologias móveis na produção e no consumo de notícias.


Com uma primeira visão de mobilidade, adquirida a partir do conceito de Hiper e hipomobilidade automotiva, de John Adams, Firmino fala da importância daquela – quer seja urbana, social ou comunicacional – para os estudos culturais, sociológicos e geográficos.


A partir da visão de Adams – que data aproximadamente da década de 20 – Firmino exibe um panorama geral da evolução dos meios técnicos de propagação das informações (algo que, de certa forma, está presente no capítulo dois do livro A Coisa, de Vilém Flusser), e parte diretamente para o tema de sua pesquisa, citando o projeto para jornalismo móvel do jornal carioca Extra, chamado Repórter 3g.


O projeto Repórter 3g parte de uma iniciativa do grupo Reuters, e precisa de uma estrutura que vai desde uma rede disponível para acesso à internet até gadgets imprescindíveis para produção do conteúdo e difusão da informação – câmeras, celulares, notebooks e afins.


Focando no uso de celulares para produção de informação, Firmino chama a atenção para a necessidade dos aplicativos – sem eles, os celulares permaneceriam fazendo pouco mais que ligar.


Ainda contando sobre sua experiência nos jornais A Tarde (BA), Jornal do Commercio (PE) e Extra (RJ), ocasiões em que pôde acompanhar a produção de conteúdo para plataforma WEB por jornalistas de tais empresas, Firmino chama a atenção para as consequências da emergência das tecnologias móveis. Ele diz que o uso de tais aparelhos tecnológicos traz implicações econômicas e sociais, além de comunicacionais. Essas implicações incluem uma possível reconfiguração da prática jornalística, já que esta, agora, inclui a convergência dos processos e uma aproximação diferenciada com o público.


Ainda sobre sua pesquisa, Firmino acrescenta que foi preciso fazer um mapeamento de experiências – e que, com a evolução das tecnologias, já é quase impossível permanecer fazendo esse mapeamento – seguido de observação etnográfica nas redações e de entrevistas com as equipes envolvidas.

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