terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Jovens e Mídias Móveis



Tentando entender como os jovens se relacionam com as mídias móveis e, sobretudo, com seus celulares, batemos um papo com jovens da Faculdade de Comunicação da UFBA e com o Pedro Cordier, Especialista em Comunicação, Criatividade e Conectividade, que nos falou um pouco sobre sua visão a respeito da relação entre jovens e mídias móveis nessa nova era de conectividade.

Esperamos que vocês gostem ;)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Games sociais, mobilidade e a sociedade do espetáculo


O blog Mobilizado postou recentemente um artigo do Ricardo Ogliari que falava sobre os social games e a mobilidade. Os social games, na definição de Murilo Lima em seu texto Games Sociais X Games Tradicionais, são aqueles cujo valor é construído dentro da rede social. Esses tipos de jogos geralmente demandam interação e cooperação entre os jogadores. Ronaldo Lemos, colunista da Folha, diz que esse "é o grande atrativo desses jogos. Você está ali, competindo e colaborando, com outras pessoas." Raquel Recuero, pesquisadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), também concorda e diz que "quanto mais amigos jogando, mais interessante se torna o aplicativo, pois há maior possibilidade de competição entre os usuários".

Mas o que tudo isso tem a ver com mobilidade?

Nas próprias palavras do autor do texto: "Social Games (...) dependem de disponibilidade e acessibilidade para terem sucesso, gerar visualização, retorno de investimento ao anunciante e todo o restante do ciclo. E o que pode ajudar nesses pontos? A mobilidade!!" O fato de poder baixar o jogo para o seu celular / smartphone / tablet faz com que ele se torne mais acessível. Será possível jogar a hora que você quiser, em qualquer lugar.

Talvez seja por isso que, segundo a notícia publicado no Mobilepedia sobre o crescimento na demanda de aplicativos móveis, os games são os aplicativos mais populares no ranking de downloads. O levantamento feito pela Nielsen, que pesquisou 4 mil donos de aparelhos móveis que baixaram pelo menos um aplicativo dentro de 30 dias, informa que 61% dos usuários de smartphones e 52% de aparelhos mais simples relataram manusear algum jogo nos últimos 30 dias.

O Flusser, em seu texto "A Não Coisa [1]" diz que estamos cada vez mais interessados com as experiências. O homem seria uma espécie de performer, que quer ter sensações. É o que ele chama de Homo Ludens, o homem que vive do lúdico, do divertimento e, pra que não dizer, dos jogos. De certa forma, podemos pensar nisso como uma potencialização da chamada sociedade do espetáculo, no qual o homem teria sua diversão apenas assistindo. Por outro lado, eu acredito que o lúdico, o divertimento exige também uma participação do indivíduo. Não é somente assistir, é também se envolver, vivenciar. E quem sabe isso não é uma forma de "ir contra" a sociedade do espetáculo? A mobilidade permite que se tenha experiências com jogos em qualquer lugar, e interagir com colegas através desses jogos, ou até mesmo jogar sozinho, é uma forma de participar, de ser agente, e não somente um espectador passivo e anestesiado, assistindo a tudo pela TV e não se envolvendo em nada...